Vacina e PIB impulsionam demanda por escritórios
Negócios - 14/10/2021

Em entrevista ao Valor Econômico, Joaquim Rocha Azevedo, CEO da Sequóia Properties, analisa a retomada do mercado de escritórios e a tendência de ocupação com a pandemia. Leia a seguir.

O avanço da vacinação contra a covid-19 e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima do esperado fizeram com que o segmento de escritórios corporativos de alto padrão atingisse, no segundo trimestre, seu ponto de inflexão no mercado paulistano. Foi a primeira vez, desde o início da pandemia, em que a diferença entre o total de áreas contratadas e devolvidas — chamada de absorção líquida no jargão do setor — ficou positiva, nas principais regiões da cidade de São Paulo, conforme a consultoria SiiLA, chegando a 10.168 m2.

“Sempre achamos que a vacinação seria a chave da mudança, como vem ocorrendo no resto do mundo”, diz o presidente da SiiLA, Giancarlo Nicastro. Muitas inquilinas têm avaliado qual o melhor momento de retomar a ocupação dos escritórios. “A expectativa de haver vacinação já trouxe uma sensação positiva para as empresas. Com o processo ocorrendo, efetivamente, percebemos movimento ainda mais intenso”, diz a gerente de locação de escritórios da JLL, Yara Matsuyama.

Nos cálculos da Newmark, a absorção bruta — total de locações de escritórios — chegou a 70.833 m2, maior volume desde o quarto trimestre de 2019. Na prática, o patamar pré-pandemia foi retomado. “Houve recuperação nas novas locações. Existe um certo otimismo no mercado. Em 2020, a atividade locatícia não foi paralisada, mas ocorreu a passos lentos”, conta Mariana Hanania, diretora de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Newmark no Brasil.

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